domingo, 7 de outubro de 2012

BABY BLUE EYES- Capítulo 1

"Hoje vai ser o dia
Que eles vão jogar tudo em cima de você
Agora você deveria achar um jeito
De realizar o que você deveria ter feito
Eu não creio que ninguém
Sinta o que eu sinto por você agora."
Wonderwall (Protetora)- Oasis

  [SEU NOME] POV.
 Primeiro dia de férias. Ah, coisa boa! Acordei as 15h. Também, na noite passada fui dormir as 4:30 da manhã. Não, eu não fui para nenhuma balada ou coisa parecida. Eu fiquei em casa vendo filmes. Vi A Invenção de Hugo Cabret. O protagonista é o Asa Butterfield. Ele tem 15 anos, mas parece mais novo no filme. Eu simplesmente amo esse menino. E os olhos... Ah, os olhos! 
  A minha vida estava, se me permite dizer, uma maravilha. Minha querida mãe deixou eu fazer intercâmbio durante o verão para Londres. Claro, não vai ser perfeitinho como nas histórias, eu não vou ficar em uma casa só pra mim. Uma jovem de 15 anos não sabe se virar sozinha (palavras da minha mãe). Mas mesmo assim vai ser bem legal. Vou ficar com uma família lá. A mãe se chama Carmen e o pai Robert, e eles tem trigêmeos de 8 anos. A menina Sara e os dois meninos, Fred e Simon. Não imagino o que deve ser a vida dessa família.
  Minha mãe entrou no quarto e logo fez uma cara estranha. Normal, eu havia acabado de acordar. Ela falou:
  -Vamos, [seu nome], vem tomar café! Ou almoçar, já nem sei mais. Sua viagem vai ser amanhã as sete, então é melhor você já se despedir das suas amigas hoje. 
  Fui até o banheiro me arrumar, e assim que me olhei no espelho compreendi a cara de susto da minha mãe. Vesti uma roupa simples, comi um sanduíche e liguei para a Larissa e a Martina (minhas psicólogas pessoais). Combinamos de ir ao  cinema. Contei à elas sobre a minha viagem depois do filme. Primeiro vieram gritos de alegria e emoção, seguidos de lágrimas de saudade antecipada. 
  O resto do dia foi normal, cheio de declarações de amigos dizendo que nunca iam me esquecer e tal. O mais estranho foi quando aquelas meninas que eu nem falava na escola, as patricinhas que me odiavam (Eduarda, Gabriela e Fernanda) vieram me dar tchau dizendo que sentiriam saudades. Ok, vejo que falsidade tem nome. 
  
No dia seguinte, todo mundo foi no aeroporto. Minha família, meus amigos, e um monte de gente que eu nem conheço que disseram que me pegaram no colo quando eu tinha 3 anos. Os sujeitos ainda querem que eu me lembre disso. Só dei um sorrisinho para socializar e fui dar tchau para as pessoas que realmente importavam. 
  Bruno estava lá. Eu era apaixonada por aquele menino havia tempos. Quando eu fui dar tchau pra ele, ele me beijou. Isso, me beijou. O canalha insensível me beijou. 10 minutos antes de eu embarcar num avião, onde eu ficaria a um oceano de distância dele durante dois meses. Isso só me fez cair em lágrimas e abraçá-lo. Ele falou:
 -Até daqui a dois meses!- E sorriu. 
  Me despedi de todos ainda chorando. Mas o real motivo do meu choro era que o menino que eu amava só tomou iniciativa no último dia. 
  Entrei no avião com o rosto inchado. Me sentei no acento e dormi a viagem inteira, em meio a lágrimas e soluços baixinhos, que não agradaram muito o senhor do meu lado.

 Acordei horas depois com uma cara de "travesseiro amassado" de dar dó. Depois que peguei minha mala logo encontrei um homem de uns 30 anos com uma plaquinha com meu nome.
  -Robert?- Perguntei. Ele sorriu e disse que sim. Logo três crianças saíram de trás dele- Oi, eu sou a [seu nome]. Você é a Sara, não é?!- Falei, apontando para a menininha, que respondeu que sim- Agora... quem é quem aqui?- Perguntei rindo para os dois meninos, que eram iguais. No final vi que Fred era alguns centímetros mais baixo do que Simon.
  Fomos indo para o carro de Robert. Sara andava abraçada em mim, e disse que seríamos melhores amigas. Simon disse que se tivesse a minha idade namoraria comigo. Fred não, ele disse que gosta de mulheres maduras. Só ri da graça do menino. 
  Quando chegamos "em casa" encontrei Carmen. Ela também devia ter uns 30 anos, e era um amor. Ela tinha cozinhado comida brasileira para a minha chegada. Para ser educada comi, mas eu queria mesmo era experimentar a londrina. 
  Depois fui para o "meu quarto" e dormi profundamente. Pensei em Bruno. Pensei em como ele tinha me beijado tão de repente. Ele nem falou que me amava. Ele beijava tantas meninas... Talvez eu fosse mais uma. Mais uma da lista dele.

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Ok, eu posso (e vou) fazer melhor. É que esse é a recém o primeiro capítulo. Por favor, quero apenas um comentário, apenas um. Só para saber o que vocês acharam do capítulo. A princípio amanhã trago o capítulo 2. 
Beijos pra todas, e desculpa por não colocar o Asa nesse capítulo. Se ele não aparecer no capítulo 2, com certeza vai no 3. 


2 comentários:

  1. Continua, tá bem legal!
    Em que capítulo ela vai conhecer o Asa?

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    Respostas
    1. Agora não posso continuar, mas já avisei no Ask que a continuação sai hoje de noite. Eu não sei se ela vai conhecer o Asa no cap. 2 ou 3, porque se for no 2 vai ser um capítulo muito grande, então acho que vai ficar meio enjoativo.
      Bom, eu vejo isso depois. E muito obrigada! Beijos

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